domingo, 3 de outubro de 2010

Conto

Os acontecimentos nesse conto são fictícios, qualquer semelhança entre os personagens são meramente coincidência

No seu dia-a-dia geralmente você conhece pessoas interesssantes e estranhas, ou só estranhas, ou também talvez apenas diferentes, enfim, trabalhar lhe proporciona isso, conhecer e conviver com pessoas diversas e totalmente diferentes do que você conhece. Talvez seja porque é um dos poucos lugares que você está ao lado de pessoas que nem conhece, mas que estão fazendo algo em comum e em muitas das vezes nem estamos querendo estar ali, mas a frustração do capitalismo não é foco desse pequeno conto.
Certa vez em uma das empresas que passei, conheci uma garota um tanto quanto diferente e até posso dizer interessante, ela era uma pessoa bacana, até me identifiquei. Ela falava coisas engraçadas, deprimentes, mas com um humor sarcástico, talvez nem houvesse humor, mas eu achava engraçado, embora nunca deixei transparecer.
Era uma garota bonita por trás das escafiricações em seus braços, que segundo ela um tolo passa-tempo enquanto estava em sua casa, em suas orelhas alargadores de talvez 36 ou 38mm, sua pele era bem branca de modo que as cicatrizes de seus cortes ficassem bem rosadas, seus olhos azuis com olheiras, uma imagem que não negava a solidão. Ela me contou que tomava anti-depressivos e frequentava um psiquiatra e um psicologo, em suas consultas dizia aos "entrevistadores", que se imaginava espancadando seu superior com um taco de beisebol ou o esfaquiando até a morte, isso concerteza a coloca em um estagio de pessoa perigosa ou no mínimo desequilibrada, mas pra mim não, no mínimo uma pessoa bem interessante.
Certa vez estavamos conversando, e ela me disse que estava com um incômodo na sua vagina e que já fazia três dias que não urinava, eu disse que talvez esse fosse o motivo do incômodo, minutos depois ela foi ao banheiro e quando voltou me disse que tinha uma camisinha dentro de sua vagina e que a última vez que ela transou foi a cinco dias atrás, imagine a quanto tempo ela não troca aquela calcinha, talvez a higiene também seja uma coisa bem peculiar nela.
Contudo ela era realmente uma pessoa bacana, sempre reinvindicava os pequenos direitos do nosso circulo de amigos por uma promoção, talvez fosse para ter o que debater com seu superior ou não, talvez ter alguma coisa por o que lutar já que sua batalha pessoal parecia totalmente abandonada.

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