segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Qualidade ou maldição?

Nasci em 88 e vivo minha juventude no século 21, uso sapato para sair, chápeu, meus óculos é igual ao do meu avó, compro roupas no brechó para ter algo que seja realmente antigo e meu relógio é de bolso. Sou cavalheiro e romântico, quando ando ao lado de uma garota deixo-a do lado de dentro da calçada, prefiro um aperto de mão ao beijo no rosto, escrevo uma carta a uma ligação, quando quero conquistar uma moça mando-lhe flores, talvez eu tenha nascido na época errada.
Contudo, tenho cicatrizes do tempo moderno, tenho furos e tintas espalhados pelo corpo, mas a maior cicatriz que tenho desse tempo é que tenho que aprender de que nada é pra sempre, que o amor não é nada e hoje em dia é muito difícil se casar.
A cada garota que beijei dei a ela um pedaço do meu coração, dou a elas toda a atenção e tento dar o máximo de conhecimento, hoje em dia tenho refletido de que elas sugam tudo que podem e quando o rascunho que eram elas estão em arte final, me deixam.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O amor é impotente

Se mudar significasse trazê-la de volta, você nunca teria ido embora.
Contudo, refletir, viver e sofrer, me mostra que o amor nesse momento é impotente, meus gritos e súplicas, hoje não são mais para trazê-la de volta e sim apenas para não me odiar.
Promessas que não consegui cumprir, por causa dos batimentos que se enfurecem ao vê-la, por acreditar no sentimento que nos uniu, pois me dizer que para trazê-la de volta eu tenho que me afastar, é como dizer que tenho que aprender a andar pra depois engatinhar.
Desistir se faz necessário agora.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ecos

O órgão dentro de minha caixa torácica bate com tanta veemência, quando os ventos trazem até mim sua presença ou até mesmo uma lembrança de ti.
Ele bate com tanta fúria que posso escutá-lo como ecos, que me dizem que quer você por perto.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O amor é tangível

O amor existe mesmo, tem forma, rosto e várias aparências.
Da ultima vez que o vi ele tinha olhos verdes, cabelos ruivos, uma tez branca, lábios macios, e um corpo que até os deuses invejam.
O amor é tangível e é tão ótimo quanto as poesias dizem.

domingo, 3 de outubro de 2010

Conto

Os acontecimentos nesse conto são fictícios, qualquer semelhança entre os personagens são meramente coincidência

No seu dia-a-dia geralmente você conhece pessoas interesssantes e estranhas, ou só estranhas, ou também talvez apenas diferentes, enfim, trabalhar lhe proporciona isso, conhecer e conviver com pessoas diversas e totalmente diferentes do que você conhece. Talvez seja porque é um dos poucos lugares que você está ao lado de pessoas que nem conhece, mas que estão fazendo algo em comum e em muitas das vezes nem estamos querendo estar ali, mas a frustração do capitalismo não é foco desse pequeno conto.
Certa vez em uma das empresas que passei, conheci uma garota um tanto quanto diferente e até posso dizer interessante, ela era uma pessoa bacana, até me identifiquei. Ela falava coisas engraçadas, deprimentes, mas com um humor sarcástico, talvez nem houvesse humor, mas eu achava engraçado, embora nunca deixei transparecer.
Era uma garota bonita por trás das escafiricações em seus braços, que segundo ela um tolo passa-tempo enquanto estava em sua casa, em suas orelhas alargadores de talvez 36 ou 38mm, sua pele era bem branca de modo que as cicatrizes de seus cortes ficassem bem rosadas, seus olhos azuis com olheiras, uma imagem que não negava a solidão. Ela me contou que tomava anti-depressivos e frequentava um psiquiatra e um psicologo, em suas consultas dizia aos "entrevistadores", que se imaginava espancadando seu superior com um taco de beisebol ou o esfaquiando até a morte, isso concerteza a coloca em um estagio de pessoa perigosa ou no mínimo desequilibrada, mas pra mim não, no mínimo uma pessoa bem interessante.
Certa vez estavamos conversando, e ela me disse que estava com um incômodo na sua vagina e que já fazia três dias que não urinava, eu disse que talvez esse fosse o motivo do incômodo, minutos depois ela foi ao banheiro e quando voltou me disse que tinha uma camisinha dentro de sua vagina e que a última vez que ela transou foi a cinco dias atrás, imagine a quanto tempo ela não troca aquela calcinha, talvez a higiene também seja uma coisa bem peculiar nela.
Contudo ela era realmente uma pessoa bacana, sempre reinvindicava os pequenos direitos do nosso circulo de amigos por uma promoção, talvez fosse para ter o que debater com seu superior ou não, talvez ter alguma coisa por o que lutar já que sua batalha pessoal parecia totalmente abandonada.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Jardim

No meu jardim, o trevo têm três folhas;
O cheiro, é de folha seca e grama queimada, onde um dia a paixão queimou, mas hoje a chama já se apagou;
As rosas são podres e escuras, símbolo de alguém que as rejeitou;
Aqui o girassol não gira, pois a muito tempo o sol não se põe;
As borboletas não pousam nesse jardim, pois ele está inflamado pela decepção de uma árvore que não floresceu, de uma raiz que não encontrou reciprocidade para ser regada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Isso não é coincidência

Eu sou similar a sua doença, meu coração é escuro como um pulmão de um fumante, ele é oco como um caixão que foi enterrado a 20 mil anos;
Eu pareço com sua depressão, meu olhar é cinza e frio;
Eu sou quem você não ama, ou melhor, eu sou quem você mais odeia!